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Dengue

  DENGUE

A classificação da dengue muitas vezes torna-se demorada por depender de fatores clínicos e laboratoriais que muitas vezes não estão disponíveis precocemente. Contudo a atuação da Enfermagem auxilia de forma a uma detecção precoce para o reconhecimento de formas potencialmente graves da Dengue.
Como primeira manifestação observa-se a febre (Geralmente entre 39ºc a 40ºc), com associação a cefaléia, dor retroorbitária, adinamia, mialgias, artralgias, presença ou não de exantema e/ou prurido. Anorexia, náuseas e diarréia podem ser observados de dois a seis dias. Sinais como epistaxe, melena, petéquias, gengivorragia e hematêmese são alertas de que o quadro está agravando.

FEBRE HEMORRÁGICA DA DENGUE

            A priori todas as manifestações clínicas da dengue clássica são apresentadas nessa forma hemorrágica. Entre o terceiro e o sétimo dia do início da doença, quando ocorre a diminuição do quadro febril, surgem sinais e sintomas como vômitos, dor abdominal, hepatomegalia dolorosa, desconforto respiratório, letargia ou derrames cavitários.

            Suspeita-se de caso de Dengue toda pessoa com presença de doença febril aguda por pelo menos sete dias, acompanhado por pelo menos dois dos sintomas como cefaléia, dor retroorbitária, mialgia, artralgia associados ou não de hemorragias.

ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA A PACIENTES PORTADORES DE DENGUE

            Torna-se importantíssima a atuação do profissional Enfermeiro na coleta de dados e registro no prontuário do paciente, sendo assim fundamentais para o planejamento e execução dos serviços de Assistência de Enfermagem.

ROTEIRO DO ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM

Histórico de Enfermagem
·         Data de inicio da sintomatologia
·         Verificação dos sinais vitais
·         Realizar medidas antropométricas
·         Pesquisar sinais sugestivos de alarmes
·         Realizar prova do laço
·         Averiguar temperatura da pele, sinais de desidratação, exantema, petéquias e hematomas.
·         Observar tolerância a luz, Edema subcutâneo palpebral, Hemorragia conjuntival, petéquias de palato, epistaxe e gengivorragia.
·         Observar desconforto respiratório, derrame pleural ou pericárdico.
·         No segmento abdominal observar hepatomegalia, ascite e pesquisar dor.
·         Pesquisar cefaléia, convulsão, sonolência, inquietação.
·         Mialgias, artralgias e edemas.
·         Registrar no prontuário.

É importante na triagem desses pacientes com suspeita de dengue, a realização da prova do laço, que consiste:

           


Para um melhor atendimento ao paciente com dengue classificamos eles em:

GRUPO A-  
·         Febre por ate sete dias apresentando pelo menos dois sinais e sintomas inespecíficos (Cefaléia, dor retrorbitária, exantema, mialgias e artralgias) e história epidemiológica compatível.
·         Prova do laço negativa ou ausência de manifestações hemorrágicas espontâneas.
·         Ausência de sinais de alarme.
  
GRUPO B-
·         Febre por ate sete dias apresentando pelo menos dois sinais e sintomas inespecíficos ( Cefaléia , dor retrorbitária,  exantemamialgias e artralgias ) e história epidemiológica compatível.
·         Prova do laço positiva ou ausência de manifestações hemorrágicas espontâneas.
·         Ausência de sinais de alarme.

GRUPO C e D-
·          Febre  por ate sete dias apresentando pelo menos dois sinais e sintomas inespecíficos ( Cefaléia , dor retrorbitária,  exantemamialgias e artralgias ) e história epidemiológica compatível.
·         Presença de algum sinal de alarme (Caracterizado pelo grupo C) e ou manifestações hemorrágicas presentes.
·         Presença de sinal de choque ( Caracterizado pelo grupo D).        

     A melhor forma de prevenção desses quadros da dengue ainda se dá na limpeza de locais propícios ao desenvolvimento do mosquito, observando assim locais com água parada ou depósitos vazios que possam armazenar água.  

       BRASIL, Ministério da Saúde.Dengue, Manual de Enfermagem.Brasilia-DF,2008. Disponível em http://www.dengue.org.br/dengue_manual_enfermagem.pdf

Visão da Enfermagem a pacientes Com AVE


No Brasil o acidente vascular encefálico constitui uma das mais comuns formas de agravo a saúde, possuindo como agravantes a morte ou seqüelas dos atingidos. Seu problema se estende do somente físico para problema social. Pois quando paciente possui seqüelas que o impossibilitam de exercer sua função de chefe de família, sua auto-estima fica reduzida, o pré-dispondo dessa maneira a vários outros agravos.
Conceituando essa patologia, temos uma lesão cerebral causada por alteração dos vasos que irrigam regiões encefálicas.
Como principais manifestações clínicas temos parestesia, disfasia, disartria, vertigens, diplopia, cefaléia, afasia ou amaurose fulgaz. É importante uma captação rápida desses pacientes, com o intuito de menor seqüela pacientes que possuem uma redução do fluxo sanguíneo encefálico com no Maximo 24h e dentro desse período é restabelecida suas funções cognitivas e fisiológicas, ele sofre um AIT- Ataque Isquêmico Transitório, o que deve servir como um sinal de alerta para um futuro acidente vascular encefálico isquêmico.

Os acidentes vasculares encefálicos podem ser classificados em duas maneiras:
AVE Isquêmico-  Ocorre devido a falta de irrigação sanguínea em um determinado território cerebral, essa forma isquêmica pode ser causada por agentes trombóticos ou embólicos. Uma redução ou inexistência do fornecimento de O2 as células pode acarretar em morte neuronal de 5 a 10 minutos, necrosando dessa maneira a área encefálica.
AVE Hemorrágico- Ocorre devido uma ruptura do vaso sanguíneo, causando dessa maneira uma hemorragia intracerebral, ocasionando com isso um coágulo que afeta determinada função cerebral,esse rompimento  geralmente é causado por aneurisma, malformação arteriovenosa. Os tipos de AVC Hemorrágico podem ser intracerebral, subaracnoide, intravascular ou subdural.
Existem alguns principais fatores de risco que pré-dispõem a um AVC:
·         Hipertensão Arterial
  • ·         Doenças cardíacas
  • ·         Tabagismo
  • ·         Etilismo
  • ·         Diabetes Mellitus
  • ·         Taxas elevadas de colesterol
  • ·         Distúrbio de coagulação sanguínea
  • ·         Traumatismos

O AVC do lado direito o paciente possui um comportamento lento com um déficit do campo visual esquerdo, hemiplegia ou hemiparesia, entre outros.
Já o AVC do lado esquerdo o paciente apresenta, um comportamento impulsivo, déficit no campo visual direito, hemiparesia, entre outros.
Com isso uma avaliação clinica e neurológica, juntamente com exames laboratoriais,exame de imagem do crânio, avaliação cardíaca e pulmonar são realizados pela equipe de saúde.
A primeira forma de tratar pacientes com AVE é a PREVENÇÃO, tratando dessa maneira fatores de risco como sedentarismo, tabagismo, etilismo e problemas cardíacos. Quando o paciente sofre o AVE existe a reabilitação, onde o paciente é acompanhado por fisioterapeuta, fonoaudiólogo e neuropsicologista. Ainda como tratamento tem indicação medicamentosa com agentes antiagregante plaquetários, anticoagulantes e trombolíticos. A intervenção cirúrgica se dá através da endarterestomia das carótidas (retirada de coágulos), drenagem do hematoma e clipagem do aneurisma.
O papel da Enfermagem se dá com o intuito de promover um estabelecimento do fluxo sanguíneo cerebral e evitar a progressão da lesão, realizando:
·         Manter as vias aéreas pérvias;
·         Administrar soluções com o intuito de amenizar o processo patológico;
·         Detectar anormalidades cardiovasculares;
·         Realizar uma monitorização do estado neurológico;
·         Controlar as doenças pré-existentes;
·         Encaminhar a família e o cliente para grupos de apoio;
·         Administrar fármacos anticoagulantes e antiagregante plaquetários;
É de suam importância ua assistência humana a pacientes que tiveram AVE, e sempre lembrar que quem hoje é uma pessoa lesada e fragilizada por esse processo patológico ainda é o chefe de família e uma pessoa que merece todo nosso carinho e atenção.



Visão da Enfermagem a pacientes com TCE

TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO
O traumatismo cranio encefálico consititui um grande problema para a sociedade por possuir dados indicativos de mais de 1 milhão de pessoas recebendo tratamento para traumatismo crânio encefálico e ser considerado uma das maiores causas de morte nas crianças e adultos jovens, a assistência da Enfermagem torna-se indispensável na proporção de prevenção e melhora desses agravos.
Sendo conceituado por qualquer agressão que acarrete no rompimento anatômico do couro cabeludo, crânio, meninges e encéfalo, o TCE trata-se de uma lesão advinda de uma força externa, podendo ser acidental ou por um ato de violência, necessitando de uma atenção emergente no intuito de evitar comprometimentos severos, pois a massa encefálica pôr se tratar de uma área bastante sensível, torna-se sujeita a fortes danos devido a acidentes como esses.
Pacientes que após um trauma, queda mesmo que sendo da sua própria altura tem que ser investigado quando a presença de lesão encefálica. Os principais sintomas são vômitos, rinorreia, otorreia, convulsões, dor, hematoma, delírio, cefaleia, desorientação, disartria, afasia, hemiplegia, hemiparesia ou amnésia.
Existem alguns tipos de traumatismo que podemos está investigando:
Traumatismo fechado- quando não existe penetração nas estruturas anatômicas.
Traumatismo aberto- quando existe uma penetração de objetos ou estruturas anatômicas ficam expostas.
Ainda podemos classificar as lesões de acordo com o comprometimento de estruturas, como:
Lesão do couro cabeludo
lesão do arcabouço ósseo
lesão meníngea
lesão cerebral



De acordo com a gravidade rupturas de vasos sanguíneos responsáveis pela nutrição encefálica podem está comprometidos, dessa maneira quando ocorre um extravasamento sanguíneo, e consequentemente sua retenção em alguma área dá-se o nome de Hematoma. Existem alguns Hematomas que é importante conhece-los para melhor escolha de conduta, são eles:
Hematoma exradural: Possui sua localização entre a meninge duramater e o arcabouço ósseo.
Hematoma subdural: Possui sua localização no espaço subdural, caracterizado por um sangramento venoso de fluxo reduzido.
Hematoma intracerebral: Possui um grau de magnitude bastante elevado, pois além de comprometer o suprimento encefálico por seu maior extravasamento de sangue, existe a possibilidade de compressão de estruturas encefálicas, aumentando dessa maneira a PIC (Pressão Intra-Craniana).
Seu diagnostico compreende exame de Radiografia, Tomografia Computadorizada, EEG (Eletroencefalograma) e Angiografia Cerebral como método de rastreamento de aneurismas.
            Como formas de tratamentos temos as intervenções cirúrgicas como uma craniectomia descompressiva, que possui objetivo de retirar algo que está comprimindo a massa encefálica, bom como existe a drenagem de Hematomas. Outro método de tratamento é o clinico.
Por tanto o modo observacional do profissional Enfermeiro é de suma importância, ficando atento ao aparecimento de crises de vômitos, perturbações visuais, alterações no ritmo cardíaco, respiratório e da pressão arterial. Esse último item tem suma importância, pois uma elevação da pressão arterial pode ser um fator indicativo de aumento da PIC já citada anteriormente,a medida de colocação do paciente em decúbito elevado de 30º, com administração de diuréticos e corticosteróides é bem efetiva no revertimento do caso.
No momento da assistência ao cliente devemos controlar a PIC, seguindo os parâmetros da escala de glasgow onde possuímos:
TCE Leve
Entre 13 e 15
TCE Moderado
Entre 09 e 12
TCE Grave
Menor ou igual a 08

Por tanto como tratamento temos:
·                    Atendimento correto do paciente no local, respeitando todas as regras de primeiros socorros.
·                    Atendimento na sala de emergência com a finalidade de realização de uma abordagem diagnostica e terapêutica, avaliando função ventilatória ou estabilização hemodinâmica do paciente, realizando reanimação se necessária.
·                    Tratamento clínico ou cirúrgico adequando medidas de suporte básico como controle respiratório,circulatório, hidroeletrólito, nutricional.
Como principais competências de Enfermagem fora as já citadas são:
·                    Monitorar gasometria arterial
·                    Manter a pressão arterial normotensa
·                    Manter controle térmico
·                    Evitar uso de narcóticos
·                    Avaliar estado neurológico

A estabilização dos movimentos respiratórios é relevante devido a possibilidade de perda da função devido a danos nos centros respiratórios no sistema nervoso.


Processo de Enfermagem

Histórico
Colhendo informações como quando ocorreu a lesão, o que provocou a lesão, se ingeriu bebidas alcoólicas.
Diagnóstico
Padrão respiratório ineficaz, déficit no volume de líquidos, risco para infecção, alterações sensoriais, ...
Prescrições de Enfermagem
Monitorar sinais vitais;
Avaliar função motora junto com o profissional Fisioterapeuta;
Monitorar o equilíbrio hidroeletrolitico;
Estabelecer e manter vias aéreas prévias;
Controlar ventilação mecânica;
Entre outras..

Doação de órgãos e tecidos

Doação de órgãos e tecidos
Os possíveis doadores são constituídos por pessoas vivas e não vivas (Morte encefálica). Uma das principais finalidades da doação de órgãos e tecidos dá-se a promoção e reabilitação de um receptor que precisa de certos órgãos ou tecidos, portanto um paciente em estado de coma que se refere a um estado reversível comparado com a morte encefálica que é irreversível não poderá ter seus órgãos doados por sua possível reabilitação. Em vida a doação de órgãos é permitida somente daqueles com mais de sete dias de vida, órgãos duplos e partes renováveis, ex: parte dos pulmões, rim, parte do fígado e outros. Existem alguns conceitos que são de extrema relevância como:
Transplante: Trata-se de um processo cirúrgico onde se insere em um organismo órgãos e tecidos  provindos de outras pessoas.
Autotransplante: Processo de retirada de um órgão ou tecido  e transferi-lo de um local para outro no mesmo organismo.
Xenotransplante: Processo de transferência de órgãos e tecidos provindos de um animal para seres humanos.
Para a confirmação da morte encefálica é necessário:
1.   1º Fazer Eletroencefalograma(EEG) duas vezes com intervalo de seis horas se o paciente for maior de 2 anos.
2.   2º  Deve existir um parecer de um neurologista.
3.   3º  Deve existir um parecer de um médico intesivista ou de qualquer área.
  4º   Realização dos exames complementares (Arteriografia, cintilografia, angiografia com fluxo).
Com todos esses passos realizados e confirmada a morte encefálica, a equipe (Principalmente ENFERMEIRO) aborda a família explicando e esclarecendo todo o processo de transferência de órgãos, respeitando dessa maneira sempre a dor do paciente, com toda abordagem a família realizada assina-se um termo de autorização para doação de órgãos com a presença de duas testemunhas e um representante legal. 

Diabetes Mellitus

O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) hoje em dia configura-se como sendo uma das doenças crônicas que o ministério da saúde mais prioriza na prevenção e no tratamento, tentando dessa maneira diminuir os quadros de morbidade e mortalidade da população. Na unidade básica de saúde a prevenção do diabetes mellitus tipo 2 se dá na tentativa de evitar que os pacientes mantenham hábitos ligados ao sedentarismo, alimentação errônea, obesidade, identificando e tratando indivíduos predispostos ao DM2 por meio de uma prevenção primária, aqueles ainda não diagnosticados por meio de prevenção secundária e aqueles cujas complicações agudas ou crônicas já se manifestaram utiliza-se a prevenção terciária (DURAN, 2009).
Segundo (WINSTON, 2007), uma das formas de manifestação do DM2 tem-se a resistência a insulina, geralmente por causa idiopática. Esta forma do diabetes está geralmente associada à obesidade, alguns sintomas podem ser percebidos inicialmente como sede, fadiga e poliúria. O DM2 também pode apresentar-se de maneira assintomática, manifestando-se depois de vários anos.
De acordo com (CARVALHO, 2010), uma das complicações da fase crônica do DM2 é o pé diabético onde a evolução para quadros de amputações estão cada vez mais presentes, representando dessa maneira uma das maiores causas de incapacidade produtiva, baixa auto-estima como um fator desencadeante para quadros depressivos.
  Amputações dos membros inferiores são decorrentes de gangrenas ou de algumas infecções não tratadas, já que pacientes diabéticos possuem a característica de retardo na cicatrização. Hábitos inadequados do cotidiano como calçados rígidos, andar descalço e corte inadequado das unhas podem desencadear lesão com futura evolução ulcerativa. Por tanto a adoção de práticas preventivas de auto-cuidado são de fundamental importância, visto que pacientes que possuem um controle glicêmico através de hábitos alimentares saldáveis, prática de exercícios físicos como fator anti-obesidade e cuidado com os pés podem evitar ou reduzir complicações decorrentes da mesma.
Fonte: Barros,Jose Diogo; Santos, Alex Porfírio;Rolim Cicera Deysiane Lima. Controle do Diabetes Mellitus  tipo 2 e suas complicações: Um estudo de caso. Juazeiro do Norte, Ceará, 2011