CATETERISMO
VESICAL
Esse tipo de cateterismo é muito
utilizado a nível hospitalar, em uma gama de procedimentos, incluindo: Obtenção
de urina asséptica para exames; esvaziamento da bexiga em pacientes com
retenção urinária; preparação cirúrgica e pós-cirurgia; em pacientes com bexiganeurogência.
O cateterismo vesical pode ser denominado
de duas maneira, que são de acordo com sua função e tempo de permanência:
· Alívio:
quando existe uma retirada da sonda após o procedimento;
· Demora:
quando há necessidade de estender por no Maximo 15 dias a permanência da do
cateter.
Obs: Em
casos de cateterismo vesical de demora, a bexiga não se enche nem se contrai
para seu esvaziamento, perdendo com o tempo um pouco de sua tonicidade e
levando a incapacidade de contração do músculo esfíncter uretral interno.
INDICAÇÕES
- As principais indicações são:
- Diagnóstico de estenose;
- Em pacientes com retenção urinária;
- Em pós-operatório;
- Administração de fármacos intravesicais;
- Em pacientes com incontinência urinária com obstruções (Ex: paciente com hipertrofia de próstata);
- Insuficiência renal crônica obstrutiva;
- Mielomeningocele;
- Traumatismo raquimedular;
CONTRAINDICAÇÕES
Existem algumas situações que evita-se
o cateterismo uretral pelo risco de complicações, são elas:
·
Traumatismo
de períneo, com ou sem fraturas de ossos pélvicos;
·
Dificuldade
de passagem da sonda;
·
Processos
infecciosos na região;
·
Falta
de cateteres urinários apropriados;
·
História
de cirurgia na uretra.
Obs:
Nessas situações opta-se pela sondagem suprapúbica.
TIPOS DE CATETERES VESICAIS
As sondas variam de
modelos e materiais de acordo com o tipo de sondagem escolhida, sendo que as
mais utilizadas são as sondas de Foley e uretrais. As sondas de Foley são utilizadas
para SVD. As sondas de duas vias possuem uma via para drenagem de diurese e
outra para inflar o balonete. Nas sondas de três vias, a via restante é
utilizada para irrigação da bexiga. As sondas de Foley são feitas de látex siliconizado,
são descartáveis, variam de tamanho e capacidade, tendo como características serem
de duas ou três vias.
Com relação ao tamanho
da sonda a ser utilizada, deve-se considerar a idade do paciente. Os diâmetros
existentes em um cateter urinário são 14Fr, 16Fr, 18Fr, 20Fr, 22Fr.
As sondas calibrosas são
utilizadas em pós-operatório de cirurgias urológicas, em casos de irrigação da
bexiga, evitando dessa maneira coágulos indesejáveis.
COMPLICAÇÕES
RELACIONADAS AO USO DE CATETERES URINÁRIOS
Agudas: Infecções
urinárias sintomáticas associadas a curta permanência do cateter, podendo
incluir quadros de hipertermia, pielonefrite aguda podendo o paciente evoluir
para sepse e morte.
Crônicas: urinárias
sintomáticas associadas a longa permanência do cateter, incluindo obstrução do
cateter, cálculos urinários, infecções periurinárias localizadas, inflamações
renais crônicas e após muitos anos, câncer de bexiga.
RISCO DE INFECÇÃO
A
introdução de um cateter de permanência facilita o aporte de bactérias, levando
a infecção do trato urinário.
TÉCNICA
A cateterização pode ser realizada tanto na mulher como no homem, respeitando caracteristicas próprias de cada ser. A seguir é demonstrada a técnica a partir de recursos áudio visuais.
MATERIAL NECESSÁRIO- gaze estéril; seringa de 20 ml ou 10 ml; agulha de 40x20; ampola de AD 10 ml / SF
- xylocaína ; coletor de urina estéril (sistema fechado); micropore; comadre; sonda Foley; homem: uma seringa a mais (xylocaína / água).
PROCEDIMENTO- colocar o paciente em posição (mulher: ginecológica; homem: pernas estendidas);
- biombo e foco de luz s/n;
- lavar as mãos;
- abrir o pacote de sondagem (cateterismo vesical) sobre o leito, no sentido diagonal, colocando uma das pontas sob a região glútea (se paciente abitado, abrir em mesa auxiliar);
- colocar PVPI na cuba redonda, que contém as bolas de algodão;
- abrir a sonda e o resto do material sobre o campo (gaze, agulha, seringa);
- Mulher: colocar xylocaína na gaze
- pedir para um colega abrir a ampola de água;
- calçar as luvas;
- testar o Cuff da sonda (fazer o balão inflar);
- aspirar 10 ml de água destilada sem tocar na ampola;
- lubrificar 5 cm da sonda;
- homem: preparar seringa com 10 ml de xylocaína ;
- conectar a sonda ao coletor;
- fazer a anti-sepsia:
v mulher: duas bolas de algodão entre a vulva e os grandes lábios, duas bolas de algodão entre os pequenos lábios, uma bola de algodão no meato urinário;
v homem: afastar o prepúcio e expor a glande, fazer anti-sepsia em movimentos circular ou, do meato em direção a glande , elevar o pênis perpendicularmente ao corpo do paciente, injetar 10 ml de xylocaína no meato;
RETIRADA DE SONDA
Material:
- saco de lixo; luva de procedimento; seringa.
Procedimento:
- verificar a bolsa coletora (volume, cor, aspecto da urina);
- calçar luvas de procedimento;
- aspirar o soro fisiológico ou AD do CUFF (mesmo volume que foi colocado);
- retirar a sonda;
- desprezar no lixo.
Fonte: FALCÃO, L.F.R; COSTA, L,H,D; AMARAL, J,L,G. Emergencias fundamentos e práticas. São Paulo: Martinari. 2010
Identifiquei algumas inadequações e inconsistências nos procedimentos de enfermagem, que se mal interpretadas podem colocar a segurança do usuário em risco. Recomendo que busquem fontes de dados mais confiáveis, como exemplos:
ResponderExcluirhttp://www.coren-df.org.br/portal/images/pdf/Manual%20de%20Procedimentos%20em%20Enfermagem.pdf
http://periodicos.saude.gov.br/
http://evidenciassp.bvs.br/php/index.php
JamileAraujo
quais?
ExcluirA sonda foley pode ficar presa na sutura a após a prostatectomia radical?
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